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Maior franquia de alimentação saudável do Brasil passa a aceitar Bitcoin, via Lightning Network, como forma de pagamento

A Boali, maior franquia de Alimentação Saudável do Brasil, anunciou nesta quarta, 02 de outubro, uma parceria com a Foxbit, que vai permitir a rede começar a aceitar Bitcoin, via Lightning Network, como forma de pagamento por produtos e serviços.

Rodrigo Barros, CEO da Boali, destacou que com o avanço da digitalização global, a médio e curto prazo o pagamento com criptomoedas será uma realidade e, portanto, a empresa precisa se adaptar as novas tendências do mercado.

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"Somos entusiastas da nova economia e da blockchain e está sendo muito animador fazer parte dessa transformação. Além disso, a Foxbit é pioneira e referência nesse ecossistema. É um prazer fazer essa parceria com quem entende muito desta nova economia, e que ajudou a "pavimentar" esse caminho no Brasil”, revelou.

Todo processo é feito por meio de um link de pagamento contendo um QR Code da carteira a ser depositada. A solução do Foxbit Pay atualiza essa carteira com o valor da criptomoeda, como, por exemplo, o Bitcoin, e, quando o pagamento é feito, a empresa recebe o valor em sua conta na Foxbit. O pagamento é realizado via BTC-Lightning Network.

“Com o Foxbit Pay, a Boali oferecerá aos seus clientes a possibilidade de realizar pagamentos com Bitcoin de forma imediata através da rede Lighting Network, que opera como uma segunda camada do bitcoin Além de ser uma nova opção de pagamento, para habilitar o Foxbit Pay não tem cobrança de custo para receber em moeda digital, apenas uma pequena taxa para conversão, sendo ainda mais barato do que uma rede de cartão", analisa Bruno Soares, CTO da Foxbit.

Além da novidade no pagamento, a Boali, que está presente em mais de 19 estados do país, possuindo mais de 100 operações ativas, está fazendo uma internacionalização da sua marca para países como Estados Unidos, Espanha e Portugal nos próximos meses.

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Pagamentos digitais

Estima-se que, em 2023, os pagamentos digitais tenham movimentado mais de 8 trilhões de dólares globalmente, com uma projeção de crescimento anual de 12% até 2027, segundo dados do Statista Digital Market Outlook.

Os principais catalisadores desse crescimento incluem o aumento do uso de carteiras digitais, como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay, além da popularização dos bancos digitais e fintechs. Mercados emergentes, como Índia, Brasil e Indonésia, têm demonstrado uma aceleração significativa na adoção de pagamentos digitais devido à inclusão financeira proporcionada por dispositivos móveis e soluções de pagamentos instantâneos com o Pix.

Com o crescimento dos pagamentos digitais, as criptomoedas, em especial as stablecoins, estão se posicionando como um elemento essencial na evolução das finanças digitais. 

De acordo com um relatório da CoinMarketCap, o uso de stablecoins para pagamentos aumentou 600% entre 2021 e 2023. Plataformas como a Circle, emissora da stablecoin USDC, e Tether, emissora da USDT, têm registrado um aumento expressivo na adoção global, principalmente para remessas internacionais e pagamentos comerciais.

O uso de stablecoins para pagamentos tem se destacado especialmente em regiões com sistemas financeiros fragilizados ou com barreiras para o acesso bancário tradicional. Um estudo realizado pela Chainalysis apontou que, na África Subsaariana, 80% das remessas de criptomoedas utilizam stablecoins para evitar o impacto da desvalorização cambial e as elevadas taxas de transação impostas por serviços tradicionais.

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Embora stablecoins estejam liderando o caminho nos pagamentos digitais, as criptomoedas tradicionais, como Bitcoin e Ethereum, também estão ganhando espaço. Empresas como PayPal, Mastercard e Visa começaram a integrar serviços que permitem o uso de criptomoedas em suas redes, expandindo ainda mais as possibilidades para comerciantes e consumidores.

De acordo com a Visa, mais de 100 milhões de estabelecimentos ao redor do mundo aceitam criptomoedas para pagamentos diretos ou através de conversão instantânea para moedas tradicionais.

O relatório da World Economic Forum projeta que, até 2030, as criptomoedas e as stablecoins estarão plenamente integradas ao sistema financeiro global, desempenhando um papel fundamental em novos modelos de pagamento e remessas digitais. A tendência aponta para um futuro onde transações financeiras sejam realizadas de maneira mais descentralizada e acessível, impactando tanto os mercados desenvolvidos quanto os emergentes.


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